quarta-feira, 19 de novembro de 2014

RESENHA AULA 19/11/14

APAIXONADO pela quarta de manhã vendo um dia lindo de Sol amanhecer em um cartão postal de BH, que é a Igrejinha da Pampulha. E como se a paisagem bucólica não bastasse, ainda com patins no pé e excelente companhia. Com protetor Solar , bastante hidratação e muita alegria, uma manhã dessas só pode fazer muito bem ao corpo e à mente, e tenho certeza de que JANAINA, TIA SELME e IRACEMA concordam comigo!

Em sua primeira aula, JANAINA estava nervosa. Chegamos às 7h da manhã para ter aula, mas o Mineirão não tinha aberto ainda. Descemos para a Igrejinha e acho que foi a melhor coisa que fizemos. Jana nunca tinha andado de patins na infância, e aí já sabemos… Um monte de dificuldades, medo de se machucar e nenhuma memória motora da patinação. Mas Janaina é INCRIVELMENTE forte. Fiquei impressionado com isso. Todo recrutamento de força que eu fazia era respondido de pronto, e ela fez a aula inteira sem se cansar!! No começo da aula já tivemos que ir do estacionamento do Guanabara até a Igrejinha, e tenho certeza de que foi uma aventura, por que aquela ciclovia com carros passando em alta velocidade a 40cm da gente estava nos deixando tensos. Praticamente arrastada pelo braço, Jana chega à igreja e começamos os trabalhos. Acreditem: Janaina não vai levar nem três encontros para sair fazendo coisas por aí com o patins. Em minutos de aula, com um toque ou outro, Jana deu um show de força e persistência, e já foi logo entendendo o pêndulo. Cada ida e volta pela rua da Igreja era um novo entendimento e uma nova habilidade, e com concentração ela já ensaiava patinar de um pé só. Sem medo e com semblante de felicidade, Jana abriu a manhã com estilo e promessa! Mais uma Diva para nossa tropa de elite!

TIA SELME chega antes, como sempre, e vem com a sacolinha vermelha dela. É sempre alegria passear com ela, e antes do final da aula da Jana lá estava ela se equipando. Fui buscar as coisas da Jana no carro e, na volta, Tia Selme já estava equipada até os dentes, com fraldão, joelheira, cotoveleira, capacete e munhequeira. Já até tinha tomado um tombo tentando desagarrar da vala do meio fio! Mas Tia Selme não tem mais aquele medo de cair. E vai gostar de um meio fio assim… Acho que foi de tanto a mãe dela falar na infância: “Sai desse meio fio, menina, que coisa feia!”. Nossa aula foi um passeio de final de semana em plena quarta feira. Não consegui deixar de pensar que é maravilhoso tudo isso! Patinando com muita desenvoltura, Tia Selme rende muito mais em sua patinação agora. Contornando a Lagoa, fizemos um percurso de cerca de 2km até a entrada do parque da lagoa, e ainda pedimos água de coco por lá. O coco tinha tanta água que depois eu desconfiei que o cara tinha colocado água mineral. Batendo papo, tomando Sol e água de coco descansamos um pouco para voltar. Tia Selme não precisa mais de mim para passear por aí, mas prefere uma companhia em seus passeios. Perfeccionistas demais, fomos corrigindo coisas aqui e ali na sua patinação, como o giro de quadril para depósito de carga em uma perna (o que foi muito útil para ela) e a simetria entre as passadas (Tia Selme tem mais facilidade de ficar sobre a perna direita por que sua pisada esquerda é ligeiramente pronada). Nos entretemos tanto no passeio que SUPER ATRASAMOS. Espero que Iracema nos perdoe.

E por falar em IRACEMA, essa adolescente com marido e filhos, tenho que dizer que ela é paciente e persistente, por que nos esperou durante o atraso que foi muito e tinha sorriso no rosto quando cheguei. Obrigado pela compreensão, Iracema! Já cheguei para me chocar com ela, que já quis me mostrar o que tinha aprendido sozinha! Meia Lua, minha gente, Meia Lua! SO-ZI-NHA! Como assim?! Pois é! Iracema, aquela menina que não parava em pé nos patins, que deixava as pernas irem se abrindo e da-lhe Patrick segurando seu braço… Mas ela aprendeu tudo sozinha, em seus sonhos, já que nem esteve andando ultimamente. É claro que sua meia lua estava primitiva ainda, já que ela ainda não entendia a questão da troca de carga para fechar o círculo. Além disso, seu pé esquerdo estava ficando pra trás perigosamente. Antes de abordar a meia lua, fomos então trabalhar a curva de alto desempenho para aprendermos a trocar a carga do pé, e depois a parada da vassoura, com o pé atrás arrastando. Iracema gastou umas 6 tentativas e depois se achou na manobra. A parada da vassoura é de EXTREMA utilidade para controle de velocidade em pequenos espaços onde tem gente. É o jeito de parar com menos alarde e mais elegância. Iracema deu um show e já passamos para a manobra seguinte. Dezenas de turistas acompanharam os nossos trabalhos, e aposto que quiseram estar lá de patins também. Engraçado mesmo são os tombos de Iracema. Ela vai feito um gato, se ajeitando no meio do caminho. Com muita força nas pernas e ombros, essa menina cai e levanta sem por a mão no chão! Fiquei impressionado vendo sua desenvoltura, e fiquei muito orgulhoso! 

Meninas, obrigado por participar da minha manhã encantada banhada de Sol e paisagem!

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller

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