quinta-feira, 27 de novembro de 2014

RESENHA AULA 27/11/14

Se não fossem as ameaças meteorológicas que são Pedro nos desferiu, a aula dessa quinta não teria tido tanta emoção. Com nuvens carregadas de um lado e Céu aberto de outro, ficamos pensando se o objetivo disso tudo não era saber quem queria MUITO mesmo patinar. O que os Céus descobriram é que nossa turma é DEMAIS e tem raça para o patins! Mais do que comparecimento 100% dos alunos, ainda tivemos Daisy e Altair, que foram patinar com a gente no final. Nossa aula teve duas revelações importantíssimas e teve direito a pré resenha no Rancho do Boi com Graciela e Regina.

GRACIELA veio ter sua primeira aula desde N.Y. Gente xique se acostuma rápido ao luxo e sua musculatura estava toda adaptada para aquela pista de gelo maravilhosa. Com isso, levamos um tempo para nos aquecer. Mesmo assim, sem choro nem vela, já entramos para o circuito pesado para acordar de vez os corpos. Subindo escada com desenvoltura que deixa os passantes de boca aberta, Graciela deu um show. Lá em cima, naquele lugar super perigoso, Graciela se estabilizou sem dificuldade, e eu acho isso um mérito que poucos sabem medir. Imaginem que naquele lugar no topo da escada, qualquer lado é perigoso! Para um lado uma descida forte que leva ao gramado e vai parar na lagoa. Por outro tem uma escadaria grande, e no terceiro tem a própria descida da rua que desemboca no morro da Av. Prudente de Morais. Se eu estivesse iniciando na patinação, ia temer isso tudo. Mas Graciela não se importa, já domina as pisadas de apoio fixo. Com o chão um pouco úmido da chuva de mais cedo, tivemos que ter bastante cuidado, mas fizemos tudo o que tivemos que fazer. Graciela não se cansa mais em uma aula só (isso é MUITO BOM!). Subimos, descemos e demos volta. Na descida do Platô melhoramos o encaixe da curva de alto desempenho e não tivemos dificuldade. Na subida dos pinheiros ela patinou com a pisada na faixa branca e também não encontrou dificuldades. Na descida ela dá um Show!!! O encaixe frontal da Graciela é bom e eficiente. Descidas não são um desafio técnico para ela. Partimos para a frenagem da vassoura. Nosso objetivo é abandonar a meia lua sempre que for necessário frear sem espaço para rodar. Show outra vez! Por fim desafiei Graciela a participar do Massa Crítica e ela TOPOU! Janeiro que nos aguarde!

Na volta LUISA estava esperando a gente de castigo. Insegura, não quis colocar o patins antes de eu chegar. Fez uma manha para levantar sozinha e assustou quando disse que ela tinha que andar sem minha intervenção por alguns metros para eu ver como estava sua patinação. Esse estardalhaço todo para ela sair andando bonitinho assim que começou a patinar. Na hora vi que ela patinou na infância e que trazia memória disso. Luisa desequilibrava aqui e ali, mas chegou tranquila até o ponto de início. Rapidamente ela foi pegando o jeito e se lembrando de sua patinação de infância. Pela falta de força, tínhamos dificuldade de sustentar o corpo no desequilíbrio, e em manobras mais radicais Luisa preferia assentar-se no chão. Por fim, ela estava tão mole que conseguiu sujar até o pescoço com a poeira do chão. Teve uma hora que ela caiu em câmera lenta e segurando a minha mão... Deitou de barriga para baixo no chão. Ri muito. Essa menina vai arrasar por que tem todo o jeito, mas terá que enfrentar medos e colocar os músculos para fortalecerem-se.

E nossa DIVA MIRIM, a MARIANA, estava calçando seu patins toda empolgada. Com apenas 9 anos de idade, nossa mascote destemida não se intimida. No começo da aula, no momento de reconhecimento dos traços motores, essa menina saiu andando feito uma espoleta. Na análise inicial, o esperado: crianças, quando aprendem a patinar de maneira intuitiva, usam os braços no plano do ombro, investem pouco no rolar do patins e têm sempre as pernas afastadas. Se a forma como Mariana chego não me surpreendeu, sua transformação nos primeiros cinco minutos me deixou de queixo caído! Essa menina simplesmente deixou aparecer uma Diva que Deus sabe como cabia em seu corpinho diminuto. Compreendendo a importância di aspecto estético da patinação e tomando para si a responsabilidade de se vigiar, Mariana não precisou de ter sua atenção chamada aos ombros, peito e mãos na cintura. Cuidamos exclusivamente de alinhar as passadas, fortalecer as alavancas de tornozelo e conhecer os limites de pendulação... Bem, isso foi o objetivo da aula. Mas, para muito além dele, essa menina que não se cansa e que me deu uma surra, resolveu topar TODOS os desafios... E então... 😘😘😘😘😘 um colar de beijos no ombro para vocês!! Ela saiu da aula fazendo sprint e meia lua!!!

E então me chega POLLYANNA!!! Gente, preparem-se para a grande reelação: 😘😘😘😘😘 Pollyanna foi a primeira aluna do ano a SOLTAR AS MÃOS da cintura!!! Gente, vamos fazer um baile de debutante para ela!!  👏👏👏👏👏. Animadíssima e muito corajosa, Polyanna não rejeita nenhum desafio, embora seu medo tenha a medida necessária para nutrir o respeito pelo perigo. Subindo escada já no começo da aula, ela  não teve pestanejo. Na descida do morrão ela se segurou em cima dos pés e não arregou com a alta velocidade. Depois de meia volta na barragem resolvemos enfrentar um desafio... OS BRAÇOS!! 😱💪 Sim! Soltá-los pode ser o desejo de muitos, mas serão o pesadelos daqueles que não o fazem bem. Mas isso não é um problema para Polyanna!! Ela é super poderosa! Soltou as mãoa e aprendeu a diferença entre rotação transversa e rotação coerente. Ela viu que, por questões de conforto e de segurança, utilizamos os
Braços  para balancear a patinação nas subidas (rotação transversa) ou para distribuir a nossa carga em um pé só na descida sem fazer esforço (rotação coerente). Demorou um pouco até ela pegar tudo. Até tivemos que ir parar na grama. Mas foi show. Antes de encerrar ela deu um show com a vassoura que deixou as dançarinas do Molejo desconcertadas.

Daisy apareceu animada! Altair já estava rodeando a pista também. Mas, não sei se por que estavam muito boas as companhias ou se era mesmo hora de debandar, quem se aproximou também foi uma grande nuvem de chuva cheia se amor para dar. Da primeira gota à chuva torrencial foram-se dois minutos, e tive que me desequipar dentro do carro.

Saindo de lá, fugidos da chuva, mas muito animados para ir para casa, fomos à pre resenha: Graciela, Regina e o professor, que conversaram fiado até altas horas. Daisy não se juntou à gente por que já tinha compromisso, mas nos divertimos todos.

Com mais uma quinta que chegou chegando e saiu chovendo, reforço minha crença de que o patins é COISA LINDA e que sua prática só trás coisa boa. Obrigado a todos pela presença e ao Altair pela boa vontade... Boa vontade que a chuva levou.

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller


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