quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

RESENHA AULA 05/02/15



Num dia em que o Céu parecia não se decidir se ia ou não nos permitir patinar, fizemos o que pudemos, e tudo terminou em pão de queijo.Faça chuva ou faça Sol, patinemos ou não... Os encontros pelo patins são sempre divertidos.

CARLOS EDUARDO chegou mais cedo e sofreu com a indecisão do clima. Entre Carrefour e Mineirão, ficamos com Mineirão e nossa aula começou bem. O rapaz já patina sem dificuldades e tem firmeza no corpo, além de ser leve e corajoso. Acontece que, como a maioria dos homens, a força que ajuda na firmeza é a mesma que os torna rígidos para alguns movimentos essenciais da patinação. E foi esse o foco de nosso tabalho. Conduzido para a nossa grande prova, a subida, Carlos foi obrigado a patinar com calma, ansioso que era. Até chegar ao topo já tinha entendido que, na aula, o que importa não é onde estamos indo, mas como vamos. No platô de cima trabalhamos a patinação estabilizada e controlada, o reboque frontal e as curvas de alto desempenho. Desconfiado, ele levou um tempo para acreditar na finalidade de todos aqueles detalhes técnicos, mas logo ele percebeu e entrou no jogo. Entrando em sintonia com as alavancas de instruções, Carlos perdeu o equilíbrio e aterrissou devagar duas ou três vezes. É difícil manter o braço esticado quando se está desequilibrando, e infringir essa regra é quase sempre sinônimo de comprar lote pelo Mineirão. Aos poucos fomos pegando o ritmo, e Carlos bem resistente tanto ao calor quanto aos exercícios intensos. Para fazer as curvas ele teve um pouco de dificuldade, e seu quadril precisava mesmo de uma soltura. Optamos por demonstrar menos e praticar mais, e fizemos vários minutos de um longo trajeto cheio de curvas. Sempre segurando firme, Carlos passou a se desequilibrar menos e conseguiu fazer a curva para um lalo. É sempre bom quando aprendemos alguma manobra para um lado por que depois, para aprender do outro basta consultar a nós mesmos. Sugeria ele que tentasse fazer isso, e nos saímos muito bem. É claro que a primeira descida em "S" que fazemos oferece algumas dificuldades, sobretudo para ele que não sabia fazer meia lua. Mas não demorou ele já estava fazendo a manobra de maneira intuitiva e bem apoiado... mais alguns minutos de treino e ele já fazia praticamente sozinho. Nosso atraso para começar a aula devido à "indecisão" do tempo consumiu um horário que era vago, e aproveitamos para conversar longamente.

TALITA chegou na hora da aula e estava vestida de bailarina. Já entrou tanto no clima que veio até fantasiada. Animada para a aula e toda feliz com suas conquistas, ela nem lembrava a aluna que não ficava em pé. Saiu andando um pouco tensa, mas não demorou 15 minutos e já estava patinando lindamente. Passamos uma parte da aula cuidando de conhecer limites laterais para troca de carga. Ainda medrosa, Talita não trocava de pé direito e acabava ficando nas duas pernas simultaneamente. Para eliminar isso, treinamos a passada com os calcanhares próximos e a sustentação de um pé só. Depois disso fomos à curva de alto desempenho, onde agarramos um pouco até ela entender o que fazer com o quadril. Mais interessante é que quando estamos tentando uma manobra mais sofisticada o aluno nem se dá conta de que automatiza tudo aquilo que há pouco representava um grande desafio. Cada vez que aumentávamos o desafio Talita parecia se esquecer da dificuldade que tinha em enfrentar o desafio anterior. CAROL RAMOS, que está em todas, apareceu por lá e rodeou nossa aula, aprendendo, aplicando o que sabe e se divertindo. Enquanto Talita vivia uns momentos radicais, Carol treinava o que tinha aprendido nas aulas anteriores, e está dando um show de disciplina.

REGINA não pode ir ao Mineirão, e fez falta lá. Vamos aguardá-la engrenar novamente no ritmo das aulas.

LEACIR apareceu com seu patins quad (aquele que tem dois pares de rodas paralelas em cada pé. Com a chuva começando, fomos fazer nossa aula embaixo da markeese. Retomando nosso trabalho de ajoelhar e levantar para que as eventuais quedas não representassem um perigo, tratamos logo de treinar. Mas Leacir, empolgado com seu sucesso na aula anterior, quis fazer logo a versão mais complexa da manobra, que começava com o patins em movimento. Foi fazer muita força e sentiu uma fisgada na coxa direita. Para evitar o stress, resolvemos interromper aquele tipo de atividade e fomos trabalhar as curvas utilizando o truque do patins e a administração de velocidade com os dois pés no chão. A chuve estiou e o chão secou rapidamente, e pudemos voltar a patinar lá fora. Nessa hora Leacir deu o show! Patinando com certa velocidade, ele criou coragem para tirar o pé do chão e, usando a inclinação dos pés que estava estudando anteriormente, fez uma curva de 180 graus de um pé só. Para ninguém duvidar está tudo filmado, rs. Foi incrível sua performance, e está chegando a hora de procurar um professor específico de quad para dar continuidade ao trabalho.

DAISY chegou animada para ter aula, mas trouxe a chuva com ela. Sem chances de colocar o patins na tempestade, ela se rendeu e foi curtir a reunião das pessoas "ilhadas" no Braga. Pedimos pães de queijo e sucos para regar nossa resenha forçada e nos divertimos muito.

Na hora de ir embora a chuva estava tão forte que tivemos que arranjar um esquema de revezamento com uma única sombrinha que tinha lá. Descemos em comboio, entramos todos em um carro e fomos continuar a resenha em um restaurante japonês. Foi muito divertido e saudável do início ao fim, e cheguei em casa com a sensação de ter-se passado um final de semana inteiro em um final de tarde com boa companhia e patins nos pés. Isso é vida!

Patrick Bonnereau
Instrutor de Patinação
#VamosPatinarJuntos
bhroller

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